segunda-feira, 25 de julho de 2011

Arte Final – Aguada


A técnica da Aguada é bastante eficiente na obtenção de clima e efeitos plásticos interessantes, uma vez que pode ser combinada à vontade com outras técnicas, como Bico-de-Pena, pincel e nanquim puro. Pode-se variar na criação de efeitos, desde a textura suave até o clima dramático e agressivo. Luz e sombra podem ser obtidas mediante a aplicação de tons graduados, que são quantidades de tinta pura com água e que também favorecem a criação de climas. A combinação com outras técnicas resulta sempre num visual diferente, de acordo com cada combinação. Enfim, é uma técnica bastante versátil e muito empregada por artistas e desenhistas de todos os níveis.

As tintas mais empregadas na Aguada são : nanquim, aquarela líquida ou pastosa e guache. As que oferecem melhor resultado, no entanto, são a aquarela pastosa e o nanquim. A aquarela líquida costuma apresentar manchas incontroláveis de tinta, que se aglomeram nas partes que demoram mais para secar e, por isso, o papel a ser empregado deve ser muito absorvente e de superior qualidade. O guache, por ser uma tinta opaca, não permita a transparência própria da aguada, mas suas manchas são mais fáceis de controlar, Mesmo assim, exige muito prática do desenhista.

O pincel para aplicação da Aguada não pode ser muito pequeno (de preferência, acima do nº6), pois o tamanho reduzido limita a obtenção de “manchas” naturais e extensas, além de deixar pequenos riscos artificiais quando a ponta do pincel é menor do que a proporção ideal. Com isto, o aluno é levado a tentar “alisar”, fazendo com que o desenho fique “duo” demais.

Os movimentos do pincel devem ser rápidos, iniciando sempre pelo tons mais claros e, sobre eles, aplicando gradualmente os tons mais escuros, mas exigindo que o segundo seja aplicado sobre o primeiro ainda úmido, o que favorece a mistura e a obtenção de efeitos suaves.

No entanto, a Aguada pode ser obtida de outras formas que não a aplicação de tons mais escuros sobre o mais claros, embora esta seja a forma mais eficiente para o aprendizado, Pode-se começar pelo tom mais escuro e ir diminuindo a graduação até o mais claro, bastando que o desenhista saiba exatamente o que quer conseguir, Também, uma técnica muito interessante é rápida, é aplicar a pincelada com um tom bem escuro *pode ser até o nanquim puro) e, antes que seque, suavizar com água e ir !puxando” até os tons mais claros.

Tudo vai depender da sua prática e da sua habilidade.

Na proxima postagem teremos alguns exercícios para praticar.




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